Exoplanetas habitáveis são muito mais prováveis do que se imaginava.!

22-04-2012 13:30


   A ESO ( European Southern Observatory ) publicou nesse dia 28 de março uma pesquisa que poderá mudar a caça a exoplanetas habitáveis que feita pela NASA e pela ESA. Segundo os dados do HARPS, planetas rochosos são muito mais frequentes em estrelas pequenas e frias, as chamadas anãs vermelhas, do que em qualquer outro tipo de estrela. Essas estrelas da classe espectral M, são bem menores que o Sol e possuem um tempo de vida muito maior. Essas estrelas correspondem a mais de 80% do efetivo estelar da Via Láctea.!
   Essa variedade é explicada por sua formação ser mais “simples” que as estrelas mais quentes. Para se formar uma anã vermelha se precisa de muito menos massa, com menos massa, ela precisa de menos energia para se manter viva e assim gastará menos hidrogênio na sua fusão, vivendo por mais tempo. Seria como se colocássemos o mesmo tanto de gasolina em uma moto e em uma Ferrari. A Ferrari logo consumiria a gasolina “morrendo” muito mais cedo que a moto que não precisa de muita gasolina.
   Por terem um tempo maior de vida e por serem bem menos ativas que as estrelas mais quentes, elas possuem uma probabilidade muito maior de manterem planetas rochosos em orbita. Os planetas se originam do disco de poeira da proto-estrela, e quando a estrela é muito massiva e ativa, seus ventos empurram e dispersam essa poeira, fazendo a possibilidade de formação de planetas rochosos serem bem menores. Por outro lado, essa poeira se concentrada em distâncias maiores favorecem a criação de gigantes gasosos, como Júpiter e Saturno.

   Quando essa estrela é bem mais fria e pacífica, as chances de formação de planetas rochosos são muito maiores. Assim, planetas rochosos com massas de 1 até 10 massas terrestres – as super-Terras – são mais frequentes. Segundo o estudo da ESO, podem existir mais de centenas de bilhões de planetas rochosos orbitando anãs vermelhas, e mais de 41% desses planetas poderão estar na zona habitável – região onde pode haver água líquida na superfície.
   Em um estudo prévio demonstrou que das 102 anãs vermelhas visíveis no céu austral, já conseguiu se identificar mais de nove super-Terras, como é o caso dos dois sistemas planetários Gliese 667 e a famosa Gliese 581. Mas um empecilho para a vida nesses planetas é a certa instabilidade dessas estrelas. Anãs vermelhas possuem uma das maiores erupções estelares de radiação ultravioleta e raios-X que se tem notícia. Mas, como a teoria do evolucionismo descreve, as formas de vida poderiam se adaptar a esse tipo de radiação.
   Agora é a hora que paramos para lembrar que a vizinhança solar consiste de, praticamente, anãs vermelhas e que elas podem ter, aproximadamente, cem planetas do tipo super-Terras em menos de 30 anos-luz daqui.!

Fonte: eso.org

Comentários

exoplanetas em anãs vermelhas

Data: 24-10-2012 | De: caio julio cesar giordano

a zona habitável de uma anã vermelha é sempre mais próxima que a de uma estrela como o nosso Sol. Se a eventos como raios X e radiação ultra-violeta em quantidade, somado a maior proximidade da estrela, então deve haver alguma restrição à vida. Não creio que lá haja maior possibilidade de encontrar vida do que em uma estrela como o nosso Sol.

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