ESO justifica a paralisação da formação estelar primordial em galáxias massivas.!

  A ESO ( European Southern Observatory ), apresentou ontem hipóteses bem aceitáveis sobre um dos maiores questionamentos sobre a astronomia moderna. Eles encontraram uma relação entre a paralisação da grande formação estelar primordial e as galáxias de pouca massa. Até agora, a melhor relação estabelecida.
  A formação estelar primordial é uma época que o nascimento de estrelas massivas era muito mais frequente. Elas acabaram que semearam o universo atual com metais pessados. Mas, em galáxias mais massivas víamos essa formação parar rapidamente e brutalmente. Diferente das galáxias menos massivas que continuaram a ter uma formação estelar primordial por mais tempo.

   Isso era uma coisa totalmente complexa de se pensar. Ora, uma galáxia mais massiva possui muito mais massa para sustentar uma explosão de estrelas massivas do que uma galáxia menor. Então porque essa relação não batia.? Isso era um grande enigma que os astrônomos e cosmológicos enfrentam hoje.
   Olhando um aglomerado de galáxias que está a 10 bilhões de anos-luz de distância da Terra com os telescópios APEX e o VLT, ambos da ESO, e o telescópio espacial Spitzer da NASA, chegaram a uma conclusão bem interessante. Esse agrupamento de galáxias nos mostra a vida galáctica de 10 bilhões de anos atrás, na mesma época que a formação estelar primordial acontecia.
   Ao perceberem que a formação de estrelas massivas acaba rapidamente, eles também perceberam um aumento na massa do buraco negro supermassivo que fica no centro das galáxias. Perceberam, também, que a maioria desses buracos negros tinham acendido um quasar.!
   Um quasar é o jato de matéria mais quente e mais energético do universo. Capaz de bilhar mais que todas as estrelas juntas, um quasar é uma verdadeira aberração do universo.! Os buracos negros acendem um quasar quando o material que cai sobre ele se aquece muito, criando um ponto de escape para a energia acumulada.
   Então eles perceberam que a formação de várias estrelas massivas fez com que mais material caísse no buraco negro em pouco tempo. Pois elas tinham muito mais massa e atraíram muito gás, que acabou caindo no buraco negro. Esse, por sua vez, começou a acumular muita matéria e assim seu poder gravitacional aumentou.
   Aumentou tanto que ele sugou tanta matéria que acendeu um quasar. Isso fez com que o quasar jogasse essa materia toda para o meio intergaláctico.! Em pouco menos de 100 milhões de anos, esse conjunto de fatos fez com que grande parte dessas nuvens perdesse muito gás ionizado, parando o processo de formação estelar antes das galáxias menores, que não tinham um buraco negro massivo o suficiente para expulsar o gás.
   Assim, por isso as gigantescas galáxias elípticas mais atuais possuem um carência de estrelas massivas e as galáxias menores não. Essa foi a hipótese demonstrada no artigo da ESO. Eles estão muito contentes com essa relação, e esperam que essa hipótese passe a ser aceita no ramo astronômico com mais rigor, tornando-se uma teoria.!

Fontes: eso.org