Introdução à Astronomia

 

O Observatório está sempre divulgando novidades e informações sobre a Astronomia moderna, mas alguns internautas dizem que não entendem certos conceitos básicos. Bem, aqui estou para criar um espaço só para tirar pequenas duvidas básicas.

Anos-Luz
Essa é a medida mais usada na Astronomia, uma vez que medidas convencionais são muito minúsculas perto da grandeza dos objetos fora da Terra. Um ano-luz é a distância percorrida pela luz durante um ano terrestre. Essa medida se torna universal uma vez que a luz possui uma velocidade constante e mantendo a unidade anos-luz sempre a mesma. Vários autores abreviam o termo, deixando apenas o “ly”. 1 ano-luz equivale a 9.460.730.472.580,8 Km, ou a 100.000.000.000.000.000 metros.

Unidade Astronômica ( UA )
O famoso UA, é a distância média entre o Sol e a Terra. Ela é bastante usada em estudos de Planetas e de Estrelas Binárias, justamente por terem uma distância relativamente próxima a que separa o Sol e a Terra. 1UA é equivalente a 149.597.870 Km.

Parsec
É outra medida muito usada na astronomia, preferida pelos Astrofísicos. É menos usada em relação ao ano-luz. Ela pode ser abreviada em pc e vale 3,26156 anos-luz.

Massas
Usa-se muito os termos: Massas Solares, Massas Jupterianas, Massas Terrestres que são muito confundidos. Quando falamos Massas Solares, falamos de algo que possui a mesma massa do Sol, ou seja, 1,9891x1030 Kg e quando falamos, por exemplo, “uma estrela de 3 massas solares” significa que determinada estrela possui 3 vezes a massa do Sol, ou seja, 3x(1,9891x1030). E essa regra repete tanto nas Massas Jupterianas e nas Terrestres. Mas quando falamos de Massas Jupterianas queremos dizer que determinado objeto possui a mesma massa que Júpiter, ou seja,  1,8987x1027 Kg. Seguindo o mesmo conceito, uma Massa Terrestre equivale a 5,9742x1024.! Mas por que se usa isso.? Por um simples motivo: como você pode ver os números são elevadíssimos, e usá-los assim torna a vida dos astrônomos bem mais fáceis. E o por que tem que ser só a massa do Sol, a de Júpiter e a da Terra.? Por motivos lógicos, eles são os objetos mais próximos de nós, fazendo o calculo ser bem mais exato e bem mais fácil. O Sol é a estrela mais perto da Terra, e por isso usa-se a Massa Solar. Já Júpiter não é o único planeta gasoso do sistema solar, mas é o maior. E por isso usá-lo é mais vantajoso. E a Terra é o maior planeta rochoso do sistema solar, além de estarmos nele.!

Anéis
Existem dois tipos de anéis: os anéis de detritos e os discos de acreção. Os Anéis de Detritos são restos de poeira e detritos que orbitam algum objeto, normalmente, um planeta. Como é o caso dos Anéis de Saturno e os de Urano. Já os Discos de Acreção ocorre quando um objeto está “roubando” massa ou fazendo-a cair nele. Só que, diferente do que imaginamos, quando alguma coisa, vem a cair em um corpo celeste de grande massa, ele não cai em linha reta. Ele é obrigado a contornar o corpo no sentido de sua rotação para só depois cair. É por esse motivo que nas chuvas de meteoros o rastro dos detritos que caem na Terra sempre aparecem como riscos cortando o céu.! Quando essa matéria circundante possui uma maior grandeza, esse matéria fica orbitando o corpo em espiral até alcançá-lo, e isso forma os Discos de Acreção de anãs-brancas, pulsares e buracos negros

Meio Interestelar
Isso se refere ao espaço entre estrelas. Erroneamente se imagina que no meio interestelar é constituído pelo “nada”, ou o vácuo. Não existe vácuo no meio interestelar, o que acontece é que esse espaço possui pouca matéria, mas existe.! Normalmente a densidade nestes locais pode ser de 1 a 10 átomos por centímetro cúbico. Apensar de ser pouco, se estiverem perto de alguma estrela, a temperatura poderá ultrapassar a casa dos milhões de Kelvins. Já se estiverem longe de estrelas e de qualquer corpo celeste, a temperatura não ultrapassa a casa das dezenas de Kelvins. Tudo depende de onde esse meio interestelar está.! Esse espaço é constituído por, principalmente, Hidrogênio neutro, ionizado e molecular ( H2 ).  

Luminosidade
A luminosidade de uma estrela não é o quanto ela brilha, mas o quanto de matéria ela emite. Assim a luminosidade é a quantidade de total de energia liberada por um determinado corpo celeste. Podemos imaginar a luminosidade como a quantidade total de energia irradiada em 1 metro quadrado por um corpo celeste em 1 segundo.! Só para matar a curiosidade a formula da Luminosidade é dada por:
L = 4 π σ R2 T4
Na formula, L equivale a Luminosidade, o Sigma ( σ ) equivale a uma constante, R o raio e o T a temperatura.

Magnitudes
A magnitude foi inventada pelo astrônomo Hiparcos que a 150 a.C classificou o brilho das estrelas. As mais fortes eram chamadas de estrelas de 1ª magnitude, já as que possuíam a metade do brilho das estrelas de 1ª magnitudes eram chamadas de estrelas de 2ª magnitude e assim por diante até as estrelas de 6ª magnitude. Mas com o tempo, percebeu-se que havia estrelas mais fracas ainda, e que essa classificação não separava as estrelas em grupos de estudo, já que era uma classificação muito abrangente. Então foi redefinida a escala de magnitudes adotando a seguinte regra: a variação de 1 magnitude correspondia a variação de 2,512 unidades de brilho.! Assim uma estrela de magnitude 1 brilha 100 vezes mais que uma estrela de magnitude 5, isso porque se multiplicarmos 2,512 por ele 5 vezes ( 2,5125 ) teremos 100 e uns quebradinhos.! Mas lembrando que isso se implica na Magnitude Aparente, ou seja, nesse calculo ele desconsidera totalmente a distância da estrela a nós, avaliando somente o brilho que a estrela causa para espectadores na Terra. E como podemos perceber, quanto menor é seu número na escala de magnitudes, maior é o seu brilho. Assim quanto mais negativos forem os valores, mais brilhantes são as estrelas.!

Magnitude Absoluta
Diferente da magnitude aparente, a magnitude absoluta leva em consideração a distância da estrela. Assim, os astrônomos usam outra tática. Na magnitude absoluta eles imaginam a magnitude aparente da estrela se a observássemos a 10 persecs de distância. Utilizando esse padrão vemos a magnitude real das estrelas não se esquecendo da distância.!

Nebulosa de Emissão
São belas e muito chamativas, as nebulosas de emissão é uma região onde o gás está ionizado e muito energizado. Geralmente o fato de um grupo de estrelas ou uma estrela massiva estar perto faz acontecer esse fenômeno. O gás dessas nebulosas ( composto de principalmente Hidrogênio ) quase sempre absorvem a energia liberada pela estrela, mas quando ele absorve muita energia ele fica esgotado, e ele acaba liberando-a mais tarde. Quando o Hidrogênio libera essa radiação acumulada o gás fica com uma cor avermelhada, característica principal de nebulosas de emissão.


Nebulosas de Reflexão
Diferente das nebulosas de emissão, as nebulosas de reflexão emitem uma coloração mais azulada. Isso ocorre quando partículas de poeira ficam na frente de uma estrela ou de um aglomerado absorvendo grande parte da luz emitida pelas estrelas da região. Esses pedaços de poeira são achatados e compridos fazendo ocuparem uma área maior, e ao invés de absorverem toda a luz, eles só absorvem parte dela e a parte que consegue passar é justamente a que produz uma coloração mais azulada.


Nebulosas Escuras
Já as nebulosas escuras, como o nome já diz, são regiões onde há um bloqueio total da luz emitida por estrelas ou algum objeto celeste. Elas são regiões onde o gás e a poeira está em abundancia e bem concentrados. Quando isso ocorre há uma estranheza com a falta de estrelas onde normalmente deveriam ter. Diferente das outras nebulosas, elas não precisam estar perto do aglomerado, elas só precisam estar na frente. Como é o caso da Nebulosa Cabeça de Cavalo:


Nebulosas Planetárias
Estas são o resultado da morte de uma estrela de médio porte, assim como o Sol. Quando seu combustível principal, o Hidrogênio, acaba ele busca energia em fusões de outros elementos. Primeiro ele tenta com o Hélio, só que o Hélio não lhe dá a mesma energia que o Hidrogênio dava, e então ele queima mais matéria e gera menos energia. Com a perda de matéria sua gravidade é reduzida o que faz as camadas exteriores da estrela inchar e, literalmente, evaporar da estrela. Esse material fica rodando a estrela em grandes nuvens de gás. E com a liberação de menos energia ela adquire uma temperatura bem menor, e apresentando uma coloração avermelhada. Quando essa estrela perde praticamente todo o seu meio de gerar energia ela se comprime em uma anã-branca. Essa anã-branca continua expelindo radiação deixando o gás a sua volta “luminoso”. Geralmente a nebulosa possui um formato circular ou oval, como na imagem a seguir:



Outras Duvidas

Astronomia

Data: 09-05-2013 | De: Bell

Muito bom o site meus parabéns =)

parabenizar

Data: 07-05-2013 | De: flavio

esse site é muito bom, ele me ajudou a aprender mais sobre astronomia
parabeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeenssssssssss.

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