Os anéis e seus artesões

01-04-2012 13:19

   Os anéis de Saturno são sua marca registrada, tão imponentes e majestosos, eles nos encantam e despertam nossa curiosidade. Mas, o que poucos sabem é o quão eles são dependentes da ação e dos cuidados dos satélites naturais saturianos. É quase que um casamento perfeito. Mais uma interação que demonstra a perfeição da natureza.
   Contudo, ao observarmos os sistemas separadamente não conseguimos estabelecer uma ligação lógica. Isso porque a relação se limita a ações delicadas e quase que imperceptíveis. O principal fator que mantém os detritos de de gelo e poeira orbitando Saturno é o choque de efeitos gravitacionais entre a gravidade do planeta e a dos satélites.
   Saturno puxa com uma força e os satélites puxam com outra para o lado oposto. Mesmo sabendo que a gravidade de Saturno é muito maior, o quantitativo de satélites grandes e sua proximidade com os anéis compensam a enorme gravidade de Saturno. Quando a soma gravitacional se torna nula, a orbita se torna quase que fixa, mantendo os anéis do jeito que estão. Além disso, a gravidade se encarrega de deixarem anéis mais ou menos densos, maiores ou menores que outros, fazendo eles serem diferentes entre si. Perceba isso na foto abaixo:



   Mas a verdadeira interação entre o sistema de anéis e os sistema de satélites são as luas pastoreias. Elas são pequenos satélites irregulares, provavelmente asteroides capturados, que orbitam entre os anéis. Os principais, Pandora e Prometeu, são responsáveis por manterem os anéis de Saturno sempre perfeitamente circulares, não deixarem os anéis de discernirem e criarem um espaço entre os anéis, região onde as luas orbitam.


                                        Prometeu

  A mágica de Pandora e Prometeu pode ser explicada pela velocidade que elas orbitam em relação aos anéis que os envolvem. Eles orbitam mais rápido em comparação ao anel mais exterior e mais lento em relação ao interior. Então quando uma rocha do anel mais exterior sai a lua a desacelera quando a atrai pela força da gravidade. Quando ela é desacelerada ela retorna a velocidade dos outros pedaços do anel e ela, naturalmente, retorna ao anel. O mesmo acontece com o anel mais interno, mas é ao contrário, o fragmento do anel se desacelera e a lua o acelera novamente.
   Mas não é só isso, há outra relações, como, por exemplo, os gêiseres do satélite Encélado que fornece gotículas de gelo para o anel mais distante; também podemos citar as perturbações que certos satélites causam ao se aproximarem dos anéis, causando uma espécie de onda com mais de 1 km de altura. De qualquer forma, o sistema de anéis não seria nada sem os satélites saturianos.!

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