A Nebulosa da Borboleta e sua complexidade.!

 A NGC 6302 é uma bela nebulosa planetária, e mundialmente conhecida como Nebulosa da Borboleta. Apesar de parecer delicada, a NGC 6302 é uma nebulosa muito complicada e complexa. A começar pela forma.! A grande maioria das Nebulosas Planetárias possuem formas arredondadas e ovais, como a Nebulosa Olho de Deus e a Nebulosa da Coruja.

 

Fugindo da regra geral, assim como a Nebulosa da Ampulheta, ela produz um espetáculo a parte. O porquê disso tudo pode parecer simples, mas tem seus mistérios. Imaginem a antiga estrela a mais de 2.200 anos atrás... Possuía três massas solares e quando saiu da sequência principal começou a se expandir e a inchar, até se parecer com uma gigante vermelha. Depois essas camadas exteriores começavam a sair, simplesmente evaporando pelo equador a uma velocidade de, aproximadamente, 320.000 km/h, que é relativamente lento.! Esses gases formaram uma imagem muito parecida com as nebulosas planetárias conhecidas. Mas logo depois, alguma coisa interferiu nesse processo fazendo grande parte da sua massa ser ejetada em ventos alucinantes de 2 milhões de km/h na perpendicular, arrastando e deformando o que já havia feito. Ao que se suspeita, a estrela evoluiu para a anã-branca em pouco espaço de tempo, causando um colapso. A anã-branca que restou tem 0,64 massas solares e tem uma temperatura incrível de 400.000ºC.! Essa temperatura nunca foi vista em outra anã-branca.! Deixando o gás ionizado, ela consegue iluminar mais de 2 anos-luz de restos de poeira, além de manter a temperatura da nebulosa em 20.000ºC.! Isso é muito para um campo tão grande de nebulosidade.! Além das altas temperaturas, pesquisas feitas com o equipamento WFC3, instalado no Telescópio Espacial Hubble, demonstram uma região rica em silicatos, ou seja, minérios com Oxigênio.! Lá foram encontrados vestígios de silicatos cristalinos, gelo de água e de quartzo e material derivado ou com traços de carbono. Isso aconteceu porque no final da vida, a estrela conseguiu realizar a fusão do Oxigênio e do Carbono, e no momento em que os ventos solares de diferentes temperaturas e velocidades chocaram, esses elementos se misturam com o material já expelido ( Hidrogênio, Hélio, Enxofre, Nitrogênio ). Na foto, as bordas que estão amarronzadas são características da luz do nitrogênio, e o resto, em branco, é característica do enxofre. Já as outras cores são misturas de elementos oxidados ou carbônicos. Na parte central, pode se perceber uma listra escura que corta a nebulosa, a causa disso ainda é indefinida.!

Fontes: nasa.gov
           en.wikipedia.org
           apod.nasa.gov